Lula defende união das nações para mudar relações internacionais

11/05/2005 - 15h41

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, ao participar do encerramento da Cúpula América do Sul - Países Árabes, a união das nações com o intuito de mudar as relações internacionais. Ele destacou a dedicação de seu governo à política externa. Participaram do encontro representantes de 34 nações.

"Eu não acredito que exista saída individual para qualquer país do mundo. O país pode ter petróleo, pode ter minério de ferro, pode ter muito ouro, diamante. Tudo isso tem um fim. O que não acabará nunca são as relações sólidas que formos capazes de construir enquanto passamos pelo governo", afirmou Lula.

O presidente estimulou as autoridades a participarem de encontros internacionais. Lula contou que, uma vez, foi a um país, e voltou, em menos de 24 horas apenas para conceder uma palestra. "Eu digo: vale a pena, porque é esse aperto de mão, é esse abraço, é esse olho no olho que vai permitir que a gente construa no Século 21 um mundo mais humano, mais solidário, mais desenvolvido e socialmente mais justo do que o mundo que nós deixamos para trás no Século 20", disse.

Lula voltou a conclamar os países para a construção de um comércio mundial equilibrado e justo. "Se apenas alguns crescerem, esse árvore poderá ser muito alta, mas seus galhos serão frágeis e poderão quebrar com a falta de democracia, com o terrorismo existente por causa da má distribuição da riqueza produzida no planeta Terra", afirmou.

No fim do encontro, os 34 países participantes aprovaram o documento final da Cúpula – a Declaração de Brasília - e uma proposta, apresentada pelo presidente uruguaio, Tabaré Vásquez, de apoio ao candidato de um país em desenvolvimento à direção da Organização Mundial do Comércio (OMC).