Rio, 11/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Nacional do Câncer (Inca) inaugurou hoje o Banco Nacional de Tumores, um laboratório que vai ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias de combate ao câncer. O laboratório vai armazenar amostras de tecido cancerígeno coletadas de vários pacientes.
O objetivo é reunir informações sobre o perfil genético dos tipos de câncer que mais atingem a população brasileira, como o de próstata, de pulmão, de mama e de colo do útero. Segundo o diretor-geral do Inca, José Gomes Temporão, a iniciativa permitirá o aperfeiçoamento de métodos de diagnóstico, o desenvolvimento de tecnologias para avaliar o andamento dos tratamentos e a criação de novas drogas para combater o câncer.
Além disso, o Banco de Tumores servirá como um espaço de pesquisa e de treinamento para profissionais de medicina. "Hoje, os estudos que existem e as tecnologias que consumimos usam, como base, produtos que vêm de outros países. A idéia é que possamos desenvolver tecnologia brasileira para poder, conhecendo o perfil genético dos principais tumores que atingem a população, construir novas possibilidades de tratamento e de diagnóstico", disse Temporão.
Inicialmente, o banco vai funcionar apenas no Rio de Janeiro, mas a meta é que, em dois anos, sejam criados 20 centros de coleta de tumores nas cinco regiões brasileiras, permitindo, assim, traçar o perfil genético do câncer no Brasil inteiro.