Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse que apóia politicamente a greve dos servidores da área. Os funcionários estão em greve desde o dia 4 de abril e reivindicam, entre outros pontos, a aprovação de um plano de carreira e a realização de concurso público. Gil reconhece que a greve paralisa as atividades dos museus e de outras instituições culturais, mas entende que as reivindicações já deveriam ter sido atendidas pelo governo.

"Houve promessa do governo no final do ano passado de estender ao Ministério da Cultura, o tratamento dado a outros ministérios de criação do plano de carreira e abertura de concurso público". O ministro afirmou, no entanto, que os grevistas deveriam ter se organizado para manter em funcionamento algumas áreas.

O Ministério da Cultura está mediando as negociações entre os funcionários e o Ministério do Planejamento, que já elabora nova proposta para apresentar aos trabalhadores. Na última sexta-feira, o Planejamento propôs aumento de 76,34% na remuneração total dos servidores de nível superior; de 55,15% para o nível intermediário e de 49,46% para o pessoal de nível auxiliar. Os servidores da Cultura reivindicam que a proposta de recomposição salarial seja antecipada para este ano.