Dulci diz que Brasil e Argentina passam por adaptação à abertura de mercados

11/05/2005 - 10h36

Lílian de Macedo
Enviada especial

Salvador - O ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, negou que haja qualquer estremecimento nas relações comerciais entre Brasil e Argentina. Segundo ele, os dois países passam por um processo de adaptação à abertura efetiva dos mercados.

"A União Européia foi liderada pela Alemanha e a Franca, que se enfrentaram na II Guerra Mundial. Os problemas do Mercosul são desafios de um processo dinâmico, que devem ser identificados e sanados com respeito mútuo", disse o ministro, ao participar hoje (11) do seminário Encontro com o Mercosul.

Dulci lembrou que Argentina e Brasil têm antagonismos comerciais porque são os maiores países da América do Sul. "Mas os conflitos serão superados, porque o Brasil sabe que precisa da Argentina e vice-versa", afirmou.

O ministro ressaltou que as negociações do Brasil com a Área de Livre Comércio das Américas (Alça) serão intermediadas pelo Mercosul. "Os Estados Unidos são muito poderosos e a relação com eles tem que ser equilibrada", justificou. Dulci disse que o Mercosul também faz a intermediação com a União Européia.

O ministro destacou que o crescimento das exportações brasileiras em 2003 e 2004 se deve em boa parte ao comércio da região sudeste com a Argentina e o objetivo do governo é que todo o país tenha um bom desempenho. Para isso, ele informou que haverá seminários como este em Belém (Região Norte) e Campo Grande (Centro-Oeste) De acordo com ele, essa capitais são centros macroeconômicos que podem auxiliar na difusão econômica e cultural do Mercosul.