Lílian Macedo
Repórter da Agência Brasil
Salvador – Aumentar a mobilidade dos cidadãos dos países participantes do Mercosul seria uma forma de fortalecer o bloco. "Precisamos aumentar as relações sociais e a mobilidade das pessoas entre os países. O Mercosul tem que ter a mesma importância para a Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai". Essa é a opinião do coordenador do seminário "Encontro com o Mercosul", Leonel Leal. O evento acontece hoje (11) em Salvador.
O futuro do Mercosul, segundo ele, depende da capacidade de fortalecimento de cada um dos países que o compõem e da capacidade de articulação desses quatro membros. Leal defendeu essa tese em sua dissertação de mestrado, concluído em 2001. Ele conta que o Mercosul nem sequer é conhecido por boa parte dos brasileiros, e que esse fato se deve a quatro fatores: participação limitada da sociedade civil, que é o principal deles; objetivos concentrados em comércio exterior; falta de estrutura para participação dos estados; e inexistência de legislação comum para temas internacionais.
Esse é o segundo encontro do Mercosul. O primeiro aconteceu em Recife, em fevereiro. De acordo com Leonel, outros dois encontros estão previstos até o final desse semestre, em Belém (PA) e Campo Grande (MS).
Os diversos aspectos da integração econômico-social no Mercosul estão sendo debatidos hoje, com participação de dirigentes do Fórum Consultivo Econômico-Social do Mercosul (FCES), da sociedade civil, associações de classe, funcionários públicos, sindicatos e de universidades. Os debates prosseguem até o fim da tarde, quando termina o encontro. Esta é a segunda edição do seminário. A primeira foi realizada no Recife em fevereiro deste ano.
AD