Débora Barbosa
Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 150 funcionários dos Correios fizeram um protesto em frente ao edifício sede da empresa, em Brasília, contra o Plano de Contingência e Reestruturação da empresa, a terceirização dos Operadores de Triagem e Transbordo (responsáveis por separar cartas por regiões e cidades, motoristas e atendentes comerciais), além de melhores condições trabalho e salários.
De acordo com a representante da Federação Nacional dos Correios (Fentect), Anair Caprone, o projeto de reestruturação da empresa prevê a demissão de mais de 3 mil funcionários e a terceirização dos trabalhadores que fazem a triagem interna do Correios, o que segundo ela prejudica os trabalhadores. Os Correios negam as críticas, alegando que elas são infundadas.
"A questão específica de que o Correio estaria demitindo esses empregados é absolutamente não verdadeira. Houve um mal entendido. O Correio não vai demitir ninguém. Ao contrário, nós temos necessidade de expandir nosso quadro", disse o consultor da presidência dos Correios, Fausto Weiler.
Durante a manifestação, foram exibidos mais de 20 faixas com os dizeres: "Correio público sim, privado não!" e "Contratação já! Nenhuma demissão!". Segundo o presidente do Sindicato dos Correios de Minas Gerais, Pedro Paulo de Abreu Pinheiro, em São Paulo foram feitas quase 200 demissões. Ele disse que os trabalhadores estão com excesso de serviço e por isso exigem melhores condições de trabalho.
O consultor da presidência dos Correios informou que a empresa possui atualmente 108 mil empregados e que é a maior empregadora do país. "Para se ter uma idéia, de 1998 até 2005, nós aumentamos mais de 10 mil vagas de trabalho na nossa empresa. Isso é uma demonstração de que a empresa antes de pensar em demitir ele está expandindo seu quadro".