Jorge Eduardo Machado
Repórter da Rádio Nacional

Rio - Os servidores do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, transferiram para segunda-feira (2) a assembléia que seria realizada hoje para decidir por uma possível paralisação. Eles querem que o prefeito Lindberg Faria (PT-RJ) encontre uma solução para o problema de pessoal da unidade impedida, pela Justiça, de continuar com terceirizados no quadro de funcionários. Dos dois mil profissionais da unidade de saúde, 1.400 são contratados por meio de cooperativas irregulares.
Os outros 600 são servidores do Ministério da Saúde e o hospital é municipalizado.

O Ministério Público do Trabalho denunciou o caso à Justiça, que também vedou a possibilidade de a prefeitura contratar os prestadores de serviço por dez meses, como era o desejo do prefeito. A dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social (Sindsprev) Jaqueline Soares afirmou que os servidores podem até mesmo pedir intervenção federal na unidade depois da assembléia.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que na próxima semana Lindberg Faria recorrerá da decisão judicial. Ele se reuniu na terça-feira (26) com os funcionários, inclusive os prestadores de serviço, e pediu que o atendimento não seja interrompido. Garantiu também que honrará o pagamento de salários.

A opção à contratação temporária proposta pelo prefeito seria a realização de concurso público que, segundo cálculos da Procuradoria do município, não estaria concluído em menos de sete meses.