Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social firmou hoje com o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Aloísio Teixeira, e o presidente da Fundação José Bonifácio(FUJB), Raymundo Oliveira, contrato em que prevê repasse de até R$ 1,6 milhão para extensão do Programa Acadêmico de Tuberculose do Instituto de Doenças do Tórax, instalado no complexo hospitalar da universidade, na Ilha do Fundão.
O presidente do BNDES, Guido Mantega, afirmou na cerimônia que o contrato explicita a tendência de crescimento do apoio à área social pela instituição. "É o S do BNDES, que tende a crescer", disse.
Os recursos que serão concedidos à UFRJ são do Fundo Social do banco. O projeto tem como objetivo dar maior eficácia ao combate à tuberculose, por meio de pesquisas de novos fármacos e novas vacinas, além de aumentar o intercâmbio de informações e conhecimentos dentro da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede TB), integrada por centros universitários de todo o país.
Dados divulgados pelo BNDES revelam que o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking de 22 países que respondem atualmente por 80% dos casos de tuberculose no mundo. Dos 124 mil casos de tuberculose registrados no país anualmente, 90 mil são notificados. A maioria ocorre nas grandes metrópoles.
O projeto vai permitir que o Brasil atinja as metas internacionais de diagnóstico e cura fixadas pela Organização Mundial de Saúde. A previsão, até este ano, é diagnosticar 70% dos casos de tuberculose estimados, curando-os em 85% . Para até 2010, a meta é reduzir em 50% a taxa de mortalidade e a prevalência da doença. Até 2050, o plano é reduzir para menos de 1 caso por milhão de habitantes no mundo a incidência da doença.
O diretor da área de Inclusão Social do BNDES, Maurício Borges Lemos, anunciou durante a solenidade que o banco vai desembolsar este ano R$ 2 bilhões em projetos sociais reembolsáveis. No ano passado, as liberações para a área social somaram R$1 bilhão.