Rio, 5/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Instituto Nacional de Câncer (Inca) realizou hoje uma cirurgia inédita, com técnica que permite avaliar com precisão o grau de evolução de um câncer de pulmão de forma menos invasiva e com muito mais rapidez. De acordo com a Divisão de Comunicação Social do instituto, a estimativa para este ano é de sugirem mais de 25 mil casos desse tipo de câncer no país.

A operação é uma videomediastinoscopia, com o uso de um equipamento especial que possibilita a introdução de uma microcâmera, por uma pequena incisão no pescoço do paciente. A câmera transmite imagens do pulmão para um monitor e também permite a visualização do procedimento por todos os que estiverem na sala cirúrgica. Assim, facilita o treinamento dos médicos residentes do Inca.

A equipe foi coordenada pelo médico Paulo de Biasi, chefe da Seção de Cirurgia Torácica do instituto. Ele destacou que o tratamento de câncer de pulmão passa, antes de mais nada, pelo correto estabelecimento do estágio evolutivo do tumor: "É importante saber se as células cancerígenas se espalharam para os gânglios linfáticos ou deram origem a uma metástase. São estes dados que vão definir, de forma determinante, o tratamento que será dado ao paciente", explicou.