Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse agora há pouco, em pronunciamento à imprensa, que "certamente" irá a Roma para prestar suas últimas homenagens a João Paulo 2º, morto neste sábado. "É o mínimo que um operário pode fazer por outro operário", afirmou o presidente, em referência ao passado de Karol Wojtyla na Polônia, que trabalhou como mineiro e químico na juventude.

Lula lembrou seus dois encontros com o papa João Paulo 2o, com quem disse ter uma "dívida de gratidão". A primeira vez, contou o presidente, aconteceu durante a visita do papa ao Brasil em 1980, após um encontro de João Paulo 2o com trabalhadores no estádio do Morumbi. Na época, o presidente Lula fazia parte da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que tinha sido cassada pela ditadura militar. Conversar com o papa "não foi uma tarefa fácil", porque a segurança designada para o evento era formada pelas Forças Armadas, lembrou o presidente. O segundo encontro entre os dois aconteceu em 1989, segundo Lula.

O presidente lembrou que o papa defendia avanços sociais como uma "reforma agrária pacífica" no país sempre que era visitado por algum bispo brasileiro.