Auditoria do Ministério encontra R$ 30 milhões do Fundo de Saúde do Rio em aplicações financeiras

13/03/2005 - 14h00

Norma Nery
Repórter da Agência Brasil

Rio - O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Jorge Solla, disse que R$ 30 milhões do Fundo Municipal de Saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro, que reúne verbas federais e do município, eram mantidos em aplicação financeira. Solla explicou que o problema, levantado por uma auditoria realizada no fundo, não é o fato da aplicação financeira existir, mas sim existirem tantas dívidas, sendo que havia dinheiro. "O problema é que nós estamos evidenciando diversos contratos que estão sem ser pagos há vários meses. Se o município estivesse em dia com seus compromissos, com recursos sobrando em aplicações financeiras, seria adequado ninguém deixar esse dinheiro parado na conta", afirmou.

Em entrevista à Agência Brasil neste domingo (13), Solla garantiu que o levantamento realizado apontou várias irregularidades. Entre elas, serviço de vigilantes que não estão sendo pagos há seis meses e clínicas privadas que não recebem há três meses. "No Hospital Souza Aguiar, de 50 contratos, 46 estão com vigência estourada. Não estavam mais em vigor", afirmou.

O secretário de Atenção à Saúde disse que a equipe vai continuar se debruçando, em cada hospital para analisar cada um dos contratos. Ele garantiu que os contratos que estiverem adequados, sem estarem superfaturados e com os serviços aprovados pelas equipes dos hospitais, serão reativados plenamente e com o Ministério da Saúde passando a ser o contratante.

"Mas os contratos que tiverem problemas de preços superiores aos de mercado e de superfaturamento não serão assumidos pelo Ministério. Vamos buscar outros fornecedores"