Lula promete a produtores visitar área atingida pela seca na região sul

03/03/2005 - 19h49

Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu visitar os estados do Sul atingidos pela seca que atinge a região desde o final do ano passado. A informação é do deputado Orlando Desconsi (PT-RS), do Núcleo Agrário da Câmara, que participou hoje de reunião com o presidente Lula e agricultores da região. Os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, acompanharam o encontro.

O governo criou uma comissão interministerial, que será composta por representantes de 11 pastas, para ouvir as queixas e reivindicações de produtores, movimentos sociais, prefeitos e governadores. A primeira reunião do grupo está marcada para a próxima terça-feira (8), no Palácio do Planalto, em Brasília. Eles vão calcular o valor exato dos prejuízos causados até o momento pela seca.

Segundo Desconsi, o presidente Lula deverá visitar a região atingida pela seca no dia 14 deste mês, para anunciar as medidas do governo para ajudar os produtores. Orlando Desconsi disse que Lula garantiu, na reunião, o pagamento do seguro por perdas na produção, o ProAgro Mais. O governo tem R$ 150 milhões para destinar a agricultores com perdas superiores a 50% da produção.

O deputado lembrou que é importante que os governadores apressem o envio da documentação ao governo federal para que se decrete estado de emergência nos municípios da região sul atingidos pela seca. A preocupação é que se tenha um levantamento preciso das perdas e garantir que a ajuda financeira chegue aos estados.

Até agora, 397 municípios do Rio Grande do Sul decretaram estado de emergência, mas o governo estadual só enviou os relatórios de 35 deles ao governo federal. Essa é a condição principal para que os municípios recebam ajuda financeira.

A seca que atinge a região Sul já causou perdas na produção de milho, uva, soja, fumo, carne e leite. Os produtores de milho foram os mais prejudicados até agora. Eles vão deixar de colher 70% do que plantaram.