Spensy Pimentel
Enviado especial
Montevidéu – A formação de um Fórum dos Partidos Progressistas do Cone Sul foi resultado de uma das diversas reuniões que aconteceram paralelamente à posse do presidente Tabaré Vázquez, na capital uruguaia, e deve ter como principal objetivo, até 2006, a implementação do Parlamento do Mercosul.
"Para não ser uma estrutura vazia, vai depender das forças políticas da região. A pergunta é se o Parlamento vai mesmo cumprir uma função ou será decorativo", disse hoje à Agência Brasil Reiner Radermacher, representante no Brasil da Fundação Friedrich Ebert e organizador do encontro que resultou na criação do Fórum.
A decisão de formar o fórum foi tomada por representantes de dez partidos, vindos de cinco países da região (Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai), durante o seminário "Os caminhos da Integração da América do Sul – Uma Visão Progressista". O evento começou no domingo e terminou hoje. Do Brasil, vieram diversos representantes do Partido dos Trabalhadores, incluindo o presidente José Genoino e os deputados federais Carlito Merss (SC),
Dr. Rosinha (PR) e Henrique Fontana (RS). Além dos partidos, estiveram presentes representantes de centrais sindicais desses países.
A Friedrich Ebert é mantida pelo partido Social-Democrata alemão, o SPD. Radermacher ressalva que o apoio europeu ao debate "não quer dizer que a União Européia seja o modelo". Ele lembra que na própria UE o Parlamento só recentemente "empoderou-se" a ponto de rejeitar a equipe proposta pelo português Durão Barroso para a Comissão Européia, em 2004.