Ministros elogiam atitude do novo presidente da Câmara

22/02/2005 - 21h18

Iolando Lourenço e Gabriela Guerreiro
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O novo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), chamou para si a responsabilidade de negociar mudanças na Medida Provisória 232, que elevou a cobrança de impostos para empresas prestadoras de serviços. Na tarde de hoje, Cavalcanti acompanhou os líderes partidários da base aliada para reunião com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Coordenação Política, Aldo Rebelo, no Palácio do Planalto. Mais tarde, promoveu em seu gabinete na Câmara o encontro dos ministros com empresários e sindicalistas para discutir os pontos polêmicos da MP.

"A minha missão é exatamente essa: eu quero a união, uma luta que os empresários estavam travando e não tinham condições de falar com o governo. O primeiro ato do deputado Severino Cavalcanti como presidente da Casa foi de conciliação. A discussão chegou em minhas mãos agora", disse o presidente da Câmara. A iniciativa arrancou elogios dos ministros Palocci e Aldo Rebelo. "Eu queria agradecer ao presidente Severino Cavalcanti, que não só me convidou, mas foi me buscar no Palácio juntamente com o ministro Aldo. Eu o conheço desde que tive o privilégio de ter um votinho aqui nessa Casa há alguns anos, e sei da sua generosidade", disse o ministro da Fazenda.

Aldo Rebelo afirmou que o presidente da Câmara "cumpriu o seu papel de estadista". Na opinião do ministro da Coordenação Política, Cavalcanti se tornou um fator de equilíbrio para a sociedade dentro da Câmara. "O país sai ganhando, porque todos estão em torno da negociação, das concessões que devem ser feitas para que as coisas possam avançar no país. Severino está de parabéns pela iniciativa e pela condução desse processo de negociação, que é difícil e precisa do equilíbrio e da sabedoria política daqueles que compreendem as necessidades do Brasil", enfatizou o ministro.

Já Severino Cavalcanti também não poupou elogios à disposição do ministro da Fazenda de dialogar dentro e fora do Congresso Nacional. E ressaltou: "O ministro Palocci enfrentou todos os empresários que achavam que ele iria tomar uma medida ditatorial. Ele é um democrata, e vai aceitar todas as ponderações da Federação das Indústrias, do Comércio, e de todos aqueles que produzem. O Palocci não é inimigo de ninguém. Ele só quer fazer o bem."