Lula: mortes no Pará são atitude de alguns empresários revoltados com política do governo

22/02/2005 - 12h28

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o assassinato da missionária Dorothy Stang e de outros líderes populares no Pará não aconteceu por acaso. "É uma atitude pensada de alguns empresários do setor madeireiro que estão revoltados com a política que nós estamos fazendo no estado do Pará e em toda a Amazônia". A afirmação foi feita pelo presidente ao participar da inauguração do Programa Luz para Todos em 52 assentamentos rurais do Mato Grosso do Sul, na cidade de Sidrolândia.

Lula afirmou que os crimes não farão o governo recuar no combate aos grileiros. "A nossa tarefa, agora, é legalizar todas as terras possíveis. É acabar com a grilagem de terra. Quem tiver terra grilada, o governo vai tomar conta dessa terra porque o Brasil não é terra de ninguém".

O presidente disse que o desmatamento ilegal também será combatido arduamente. "Quem quiser cortar madeira, vai ter que ter autorização do Estado brasileiro", destacou.

Lula segue para Campo Grande, onde vai participar da assinatura do termo de compromisso com o grupo Rio Tinto para investimentos no Pólo Minero-Siderúrgico de Corumbá. O grupo atua em 20 países na produção de minério de ferro, diamantes, ouro e carvão.