Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do governo na Câmara dos Deputados, professor Luizinho (PT-SP), considerou "positiva" a reunião no Palácio do Planalto, que tratou da Medida Provisória 232. O objetivo era chegar a um acordo para a aprovação da medida que reajusta em 10% a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física e aumenta a carga tributária de prestadores de serviços. "A reunião foi excelente. O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, está coordenando o processo e com certeza encontraremos um caminho, que será plausível para garantir as contas do país", disse Luizinho.
O líder do PL, deputado Sandro Mabel (PL-GO), disse que a posição dele pode ser a de ajudar o governo a aprovar a MP, mas que na base do seu partido "o pessoal é contra: deixa o aumento da isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física e o resto, derruba tudo".
Segundo o líder do PSB, Renato Casagrande (PSB-ES), o ministro Antonio Palocci (Fazenda) demonstrou boa vontade em fazer uma negociação. "Ficou claro para o Palocci que mesmo a base aliada não tem como votar essa matéria politicamente. Por tudo que se criou em torno da matéria, ela ficou difícil de ser aprovada. O governo vai ter que abrir mão, para que se construa um texto que possa ser aprovado", disse Casagrande.
Para Casagrande, o ministro Palocci sinalizou mudanças no aumento da isenção dos tributos dos agricultores, para R$ 10 mil. "Entre os parlamentares presentes à reunião houve propostas até R$ 50 mil, mas ele deu a entender que poderia subir só até R$ 10 mil", ressaltou o deputado Renato Casagrande (PSB-ES).
Participaram da reunião sobre a MP 232 o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo; o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti; o ministro da Fazenda, Antonio Palocci; o líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (SP) e os líderes partidários: Arlindo Chinaglia (PT-SP), Renato Casagrande (PSB-ES), Sandro Mabel (PL-GO), José Borba (PMDB-PR), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), José Múcio (PTB-PE), Augusto Nardes (PP-RS) e Dimas Ramalho (PPS-SP).