Carolina Pimentel e Juliana Andrade
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Para o governo federal, o assassinato da missionária Dorothy Stang é uma reação de grileiros de terra à presença do Estado no Pará. "O que se nota é uma reação a uma presença forte do Estado, como nunca houve, de ordenamento da questão fundiária no Pará", destacou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos após receber o governador do Pará, Simão Jatene, na tarde desta terça-feira (15).
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, tem a mesma opinião de Bastos. "Foi por causa da presença do Estado, da ação do Estado, que se iniciou o processo de reação que extravasou todos os limites imagináveis com o assassinato da freira", disse o ministro após reunião com outros 11 colegas, realizada pela manhã, no Palácio do Planalto.
Durante o encontro, os ministros discutiram ações para combater a grilagem de terra no Pará que vão ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quinta-feira (17). Segundo Dirceu, mais de 100 policiais federais, militares e civis estão investigando a morte da religiosa.
Em entrevista coletiva após a reunião, José Dirceu disse que o governo vai dar continuidade às políticas fundiária e ambiental no estado. "Nós não vamos fazer nada como se não tivéssemos fazendo no passado. Estamos trabalhando de maneira responsável, planejada, consistente", avaliou.