Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, recebeu hoje os governadores do Maranhão, José Reinaldo Tavares (PTB) e de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Nos dois encontros, o ministro ouviu dos governadores pedidos para que o governo federal ajude seus estados.
Entre os pleitos do governador catarinense, estão o reembolso da Lei Kandir – que no Estado é de mais de R$ 500 milhões, e definir a situação da empresa de energia elétrica (Celesc) nos leilões de energia. Luiz Henrique deixou o Palácio do Planalto promotendo romper com o governo se não for atendido.
"Vou dar um mês e vou dizer para vocês o que vou fazer.Tenho sido até um defensor intransigente do Presidente e de seu governo, mas se meu governo não me estende a mão eu tomo o meu rumo", afirmou o governador catarinense, exigindo tratamento de aliado que, segundo ele, não significa ganhar privilégios.
O governador disse também estar sofrendo oposição da bancada estadual do PT e que os pleitos não são atendidos por causa de obstáculos impostos pelo Ministério da Fazenda. "A resistência é a burocracia da Fazenda", afirmou. Luiz Henrique, que se encontrou também com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Já José Reinaldo pediu ao ministro Aldo Rebelo que o governo ajude na liberação do terreno onde será construído o Poló Siderúrgico do Maranhão, pelas empresas Vale do Rio Doce e a chinesa Baosteel. Segundo o governador, o principal entrave vem dá Secretaria de Patrimônio da União. "Eu acho que o SPU está sofrendo pressões políticas e não libera o terreno que não serve para a União para ser o distrito do Poló Siderúrgico do Maranhão", explicou que o representante da secretaria, Luiz Bulcão, é ligado a senadora Roseana Sarney – oponente de Rinaldo.
De acordo com Reinaldo, se o obstáculo não for resolvido as empresas podem retirar o projeto do Brasil. Quanto a possibilidade da senadora Roseana Sarney ocupar um ministério, o governador maranhense afirmou que não vai conversar sobre o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.