Imagem do Brasil no Iraque pode ajudar a solucionar seqüestro, diz funcionário da embaixada

26/01/2005 - 23h29

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O encarregado administrativo da embaixada do Brasil em Bagdá, Awni Al Deiri, disse que o seqüestro do engenheiro brasileiro João José Vasconcelos Jr. no Iraque está sendo tratado com sigilo. Acrescentou que a empresa Odebrecht, para a qual o engenheiro trabalha, está cuidando do assunto. Para Awni Al Deiri, não está claro se o seqüestro tem natureza política ou foi um ato de criminalidade por alguma máfia que quer apenas dinheiro.

Por experiência, o encarregado administrativo acha que a solução de uma questão assim leva tempo. A circulação é limitada no Iraque, os telefones às vezes funcionam, outras vezes não; a eletricidade também falha e há dificuldades de contatos entre cidades. Ele diz que a imagem do povo brasileiro para o povo iraquiano é boa de todos os lados, entre xiitas, sumitas. Segundo Al Deiri, em todas as religiões eles adoram o Brasil, por isso o caso do seqüestro pode ter uma boa solução.

o povo iraquiano está decidido a participar intensivamente das eleições que serão realizadas no próximo domingo (30), devendo haver recuo apenas nas áreas ameaçadas por movimentos políticos e religiosos que não concordam com o pleito.

Em entrevista à Rádio Nacional AM, Awni Al Deiri afirmou que o governo temporário do primeiro ministro interino Iyad Allawi tomou medidas visando a facilitar o processo eleitoral. Lembrou que estão ocorrendo atos terroristas com explosões de mísseis portáteis, causando danos à população civil mais do que aos alvos que eles chamam de inimigos, como as forças multinacionais. Esses atentados acabam matando um soldado americano e de 10 a 15 iraquianos civis inocentes que passam no local.

O entrevistado lembrou ainda que sumitas, xiitas e curdos constituem a sociedade iraquiana em geral. Isso não quer dizer que todos os sumitas não querem participar: uma grande parte, entre 60% e 70% dos sumitas estão, no fundo, convencidos de que as eleições são inadiáveis. É por isso, na sua opinião, que essa maioria sumita está sob domínio das armas dos terroristas.

Sobre o seqüestro do engenheiro brasileiro João José Vasconcelos Jr., que trabalha para a Odebrecht, ele disse que o assunto está sendo tratado com sigilo e acha que a empresa está cuidando do assunto. Para Awni Al Deiri, não está claro se o seqüestro tem natureza política ou foi um ato de criminalidade por alguma máfia que quer apenas dinheiro.

Por experiência, o encarregado administrativo acha que a solução de uma questão assim leva tempo. A circulação é limitada no Iraque, telefone às vezes funciona, outras não; a eletricidade também falha e há dificuldades de contatos entre cidades. Ele diz que a imagem do povo brasileiro para o povo iraquiano é boa de todos os lados, entre xiitas, sumitas. Segundo Al Deiri, em todas as religiões eles adoram o Brasil, por isso o caso do seqüestro pode ter uma boa solução.