Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Rio - O prefeito reeleito do Rio, César Maia, disse neste sábado (1), ao tomar posse, que vai convocar os empresários cariocas para discutir as Parcerias Públicas Privadas (PPP’s) como forma de conseguir recursos para a realização de obras na cidade. Essa será uma das primeiras medidas adotadas durante o quarto mandato do prefeito.
César Maia anunciou que vai devolver gradativamente os hospitais que eram do governo federal e foram municipalizados e que vai agilizar a votação dos projetos voltados aos Jogos Pan-Americanos de 2007, que estão parados na Câmara Municipal. Para que a votação ocorra em curto espaço de tempo, o prefeito enviou à nova mesa diretora da Câmara, que tomou posse neste sábado, mensagem de convocação extraordinária para período de 4 a 19 de janeiro. Pelos 15 dias de trabalho cada vereador vai receber salário bruto de R$ 7.150, o que representa uma despesa nos cofres públicos de R$ 355 mil.
Em seu discurso de posse, César Maia fez críticas a alguns opositores de campanha, os quais classificou de "alternativas populistas irresponsáveis e levianas". De acordo com o prefeito, o resultado das eleições em 3 de outubro, com a vitória no primeiro turno, foi um recado da população aos políticos que insistem em fazer promessas que não são cumpridas. "Esses vendedores de ilusões, que usam a fé de nosso povo como arma de manipulação, não passaram e jamais passarão", frisou o prefeito.
Ao fazer um balanço dos últimos 13 anos à frente da prefeitura da cidade, César Maia destacou os avanços na área social, especialmente na educação. Segundo ele, de 1992 a 2004 os investimentos no setor passaram de R$ 796,412 milhões para R$ 1,276 bilhão. O prefeito atribuiu ao governo do estado a crise na área de saúde. De acordo com César Maia, o governo estadual além de ter aplicado apenas 50% do que determina a Constituição "trocou os benefícios sociais duradouros por políticas de curto prazo, visando aos benefícios eleitorais imediatos".
O prefeito eleito também destacou os projetos desenvolvidos durante a sua administração voltados aos moradores de favelas e às comunidades de baixa renda. Ele destacou os programas Favela-Bairro I e II, cujos investimentos podem ultrapassar R$ 600 milhões; os projetos de urbanização nas comunidades com aproximadamente 100 mil moradores; o programa Morar Legal, que regularizou mais de 120 loteamentos; o programa Morar Sem Risco, que em dez anos assentou perto de 8 mil famílias e o Mutirão Obras Comunitárias que já beneficiou 700 áreas nos últimos quatro anos.