Ibama multa empresas responsáveis por navio que explodiu em Paranaguá

18/11/2004 - 17h31

Marcela d'Alessandro
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) vão aplicar multas diárias às quatro empresas identificadas como responsáveis pelo navio chileno Vicuña que explodiu no último domingo no porto de Paranaguá.

Segundo o gerente do Ibama no Paraná, Marino Gonçalves, os R$ 250 mil por dia de multa são referentes apenas ao descumprimento das exigências ambientais que os dois institutos haviam feito às empresas, como a contenção e eliminação das fontes de contaminantes (álcool metanol e óleo combustível). Gonçalves acrescentou que 48 horas depois de terem sido feitas as exigências, os técnicos dos institutos viram pouco resultado. "Os danos ainda não cessaram: as empresas não conseguiram interromper a liberação dos produtos que contaminam a água," alertou.

Gonçalves informou ainda que a multa decorrente do dano ambiental ainda não foi aplicada: "Está sendo feito um levantamento por técnicos, tanto do Ibama quanto do IAP e, também, da Universidade Federal, para que possamos, com um laudo técnico, científico, dosar a aplicação da multa, responsabilizando cada qual com a sua cota de participação no acidente que, diga-se, é de grave proporção."

A multa por danos ambientais pode variar de mil a 50 milhões de reais. O gerente do Ibama no Paraná disse que foram encontrados mortos seis botos, duas tartarugas e duas gaivotas, devido ao combustível derramado.

O Ibama e a Universidade Federal do Paraná montaram um centro de resgate de animais e pedem a participação da comunidade para salvar os sobreviventes e recolher os que já estão mortos. Os interessados em ajudar devem ligar para o telefone (41) 420-3500.