Amorim defende reuniões do G-20 na África ou Ásia

21/10/2004 - 21h15

Andréia Araújo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das relações Exteriores, Celso Amorim, disse, durante a reunião do G-20 (formado por países em desenvolvimento) em Genebra, na Suíça, que o grupo precisa continuar a mobilização política e que as próximas reuniões devem ser feita em países na África ou Ásia. "Não deveria sequer pairar a impressão de que o G-20 esteja sendo mobilizado por um país ou uma região. Assim, eu veria com grande prazer a possibilidade de uma reunião na Ásia ou na África", disse.

Representantes dos vinte países membros fizeram hoje uma reunião de avaliação dos trabalhos. Segundo Amorim, o grupo passa agora "por um momento de atividade relativamente baixa", devido, principalmente, às eleições presidenciais nos Estados Unidos e às mudanças na Comissão da União Européia.

Nessa reunião, os participantes discutiram a inclusão de outros focos que devem integrar a pauta do G-20, além da quebra de barreiras comerciais aos produtos agrícolas. "Concordamos que o nosso foco é a agricultura, mas que isso não deve impedir que troquemos idéias em outros temas, principalmente porque, na medida em que avança a negociação se torna mais global", explicou o ministro Celso Amorim.

O ministro também esclareceu que a reunião, realizada ontem, entre o Mercosul e a União Européia, não foi um fracasso. Segundo Amorim, há uma diferença importante entre não concluir a reunião e ser um fracasso. Ele explicou que representantes dos dois blocos decidiram juntos que essa não é a melhor hora de negociar um acordo bilateral entre os grupos. "Na verdade, como o comissário Pascal Lamy disse ontem, chegamos juntos a conlcusão de que não seria maduro tentar concluir o acordo".

O ministro garantiu, por sua vez, que as negociações continuam. "Mas vimos convergências suficientes para assegurar de que se trata de algo que vale a pena continuar, mais que isso, estamos confiantes de que vamos continuar e de que vamos chegar a uma boa conclusão. Quando? Isso já outra questão", concluiu.

Com informações do Ministério das Relações Exteriores