Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje acreditar que o acordo entre Mercosul e a União Européia ganhe novo fôlego após a posse do presidente eleito da Comissão Européia (CE), José Manuel Durão Barroso, ex-primeiro ministro de Portugal. Durão Barroso tomará posse no dia 1º de novembro.
"Agora temos que começar [a negociar] com um governo novo na União Européia, com o novo presidente, que é uma pessoa que conhece o Brasil e tem uma relação pessoal muito intensa com o presidente Lula", afirmou Furlan.
Hoje, os negociadores dos países membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União Européia, que estão em Lisboa na tentativa de concluir um acordo de livre-comércio entre os dois blocos, acertaram a continuidade das discussões até 2005.
"A delegação do Mercosul foi a Lisboa com plano 'A' e plano 'B'. O plano 'A' era: vamos fazer um mutirão e chegar a um bom termo. O plano 'B' é: se não é possível chegar a um bom termo, pela exigüidade do tempo, vamos deixar o tema engatilhado para a seqüência, que acontece a partir de 1º de novembro", disse o ministro.
Sobre as dificuldades encontradas para que o acordo entre os blocos saísse, Furlan disse acreditar que as questões técnicas tiveram responsabilidade maior que as políticas. "Acho que houve muitas idas e vindas. Quando os ministros se reuniam, as coisas andavam; quando os técnicos se reuniam, havia sempre impasse. E foi perdido um tempo precioso que não foi possível recuperar", afirmou.