Rio, 21/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente reeleito da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, disse hoje que o país precisa criar um ambiente propício ao investimento e ao crescimento econômico e combater a violência. Para ele, estes são os principais desafios do governo para atrair investimentos e tornar as empresas brasileiras mais competitivas.
O empresário lembrou que o país está passando por um processo de consolidação do novo Estado brasileiro, voltado às conquistas da estabilidade econômica, respeito às instituições democráticas e fortalecimento da sociedade civil. Ele disse que as eleições de 2002 deram ao presidente Lula legitimidade para comandar as transformações importantes de que país precisa para assegurar um crescimento de longo prazo.
Eduardo Eugênio salientou, porém, que ainda há muito a fazer para que o país saia do 57º lugar no ranking global de competitividade e do 37º lugar em competitividade de negócios, segundo dados do Fórum Econômico Mundial, e recupere posições no ranking de atração de investimento diretos – de acordo com a A.T. Kearney, o Brasil caiu da 9º para a 17º posição na preferência dos investidores estrangeiros. Para reverter esse quadro, o empresário defendeu o aprofundamento das reformas e os projetos estruturais prioritários, como a aprovação do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs), da Lei de Falência, da reforma tributária; de mudanças na legislação trabalhista, além de estabilidade nas regras e harmonia entre as legislações brasileiras e a de seus concorrentes externos.
Ele acrescentou que é preciso fazer ajustes na reforma da Previdência, de modo a permitir um alívio nos cofres do Tesouro para que sejam liberados mais recursos para o investimento público.
O presidente da Firjan falou também sobre a necessidade de combate à burocracia, defendeu créditos mais acessíveis e redução nas taxas de juros. "Uma vantagem competitiva nós já temos: um presidente que fala e é ouvido e respeitado internacionalmente", frisou o empresário.
Eduardo Eugênio disse ao presidente Lula, que participou da solenidade de posse na Firjan, que os empresários estão mobilizados e querem apoiar o governo, mas precisam de "um ciclo virtuoso, com ambiente propício ao investimento", e que espera que as oportunidades surjam com os primeiros meses do ano que vem.