Direção nacional dos bancários reúne-se amanhã para avaliar julgamento

21/10/2004 - 18h20

Fabiana Uchinaka
Repórter Agência Brasil

São Paulo - O presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), Wagner Freitas, informou, há pouco, que a direção executiva da entidade reúne-se amanhã (22) para decidir as indicações que fará aos sindicatos da categoria nas negociações com os bancos. Para ele, houve aspectos positivos e negativos nas determinações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) no julgamento do dissídio da greve dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

De acordo com Freitas, foi positiva a decisão pelo arbitramento de um abono e pela manutenção do acordo apresentado pela Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban). Ficou decidido que os trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica com salário até R$ 1.500 receberão
R$ 1.000 de abono e mais R$ 30 fixo por mês. "Era uma reivindicação da categoria", lembrou o representante dos bancários. A Fenaban propunha reajuste salarial de 8,5%. Para Freitas, "o fato de o tribunal ter mantido a proposta da Fenaban e não ter baixado a proposta de índice era de se esperar".

Freitas apontou como pontos negativos o fato de o TST não ter arbitrado sobre a participação nos lucros e resultados. "O tribunal julgou que para esse termo é melhor que a discussão aconteça diretamente entre patrões e empregados. Então, a questão ficou em aberto. Vamos ter que voltar à negociação e à mobilização para garantir a participação nos lucros e resultados", afirmou Freitas.

De acordo com a CNB/CUT, a executiva nacional se reunirá amanhã para avaliar o julgamento, orientar os sindicatos e retomar as negociações com os bancos públicos e privados, já que a questão da participação em lucros e resultados continua em aberto. Na reunião, será discutida a aplicação das cláusulas da decisão do TST na greve do setor privado.