Rio, 21/10/2004 (Agência Brasil - ABr) - O aumento do número de turistas no Brasil exige que o país tenha companhias aéreas fortes. A afirmação é do ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, para quem "só duas empresas atualmente passam por dificuldades". Ele destacou que "as 14 empresas regionais estão crescendo; a Gol e a TAM estão bem; a Varig apresenta performance operacional positiva e tem o problema centrado na questão acionária; e a Vasp tem uma dificuldade transitória".
Mares Guia disse que continuará representando o turista no Conselho de Aviação Civil (Conac) e que seu papel é reclamar mais destinos, mais vôos, preços adequados, segurança, limpeza, pontualidade. E que quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) for criada, pretende oferecer o mapa do turismo brasileiro, indicando para onde as companhias aéreas têm de ir a fim de atender à demanda. "A discussão sobre a Anac foi retomada", garantiu.
O ministro informou ainda que o governo tem ajudado as empresas aéreas "na medida do possível", mas que elas são privadas e, "como tal, precisam cumprir os contratos". Na opinião de Mares Guia, o problema da Vasp é transitório e a empresa sairá dele: "Foi renovada a concessão e é problema dos acionistas, agora, negociar com os credores e acertar a situação."
Mares Guia reconheceu que o problema das empresas aéreas é o "calcanhar de Aquiles" do turismo, mas acrescentou que o desembarque doméstico cresceu 17% neste ano. "Isto significa que o setor não está tão em crise assim. Os acionistas de algumas empresas é que estão em crise", apontou.