Rio, 7/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia, Yogendra Modi, afirma que as privatizações são o caminho para o desenvolvimento de um país. Ele acredita que as empresas privadas estejam mais dispostas a correr riscos. "Hoje, 100% das empresas de software da Índia são privadas", afirma.
Para Yogendra Modi, muitos não aceitam as privatizações porque não vêem para onde o dinheiro da venda de uma empresa vai, por exemplo. O presidente da federação indiana diz que se os recursos forem aplicados em moradia, educação e transporte, só para citar alguns exemplos, a população perceberá o quanto é importante vender empresas do governo que não geram renda ou emprego. "Devemos criar uma infra-estrutura social", afirma.
O presidente da Federação das Câmaras de Comércio da Índia, que veio ao Brasil para a XI Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), com mais de 25 empresários, diz que não dúvida da importância do papel de um governo na sociedade, mas diz que o Estado deve cuidar principalmente da educação, saúde e segurança de seu povo.
O indiano aposta no Brasil. "A Índia está de olho no Brasil, a nossa delegação demonstra isso", diz.
Ele informa que hoje o Brasil e a Índia têm negócios na ordem de pouco mais de US$ 1,6 bilhão, mas é pouco. "O comércio entre os dois países ainda é pequeno perto do potencial tremendo que o Brasil tem", afirma.
No Rio de Janeiro até quarta-feira (9/6) para a rodada de reuniões que antecedem a Conferência da UNCTAD em São Paulo na próxima semana, Yogendra Modi é só elogios para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente é um grande homem, ele intui o que tem de ser feito", diz.