Rio, 7/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Mercosul ajuda na implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), na medida em que dá segurança nacional e internacional e contribui com a experiência de negociações intra-regionais, avaliou a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Donna Hrinak, durante o seminário Comércio Multilateral: Brasil e Nafta, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro. Lembrou que várias divergências entre Brasil e Argentina foram resolvidas no âmbito do Mercosul.
A embaixadora revelou que os Estados Unidos estão tentando ampliar o conjunto de obrigações e leis em que todos os 34 países das Américas vão concordar em relação à formação da Alca, para que depois as negociações aconteçam em cima desse conjunto comum. Informou que serão incluídos nesse conjunto itens específicos como propriedade intelectual, compras governamentais, investimentos, que são pontos-chave no processo.
"A idéia é ter um conjunto de direitos e obrigações que seria igual para todos os 34 países. Depois tem outros países que têm mais ambições, querem acordos mais amplos que dá para negociar em cima dessa base", explicou. Com o passar do tempo, se todas as nações aprovassem esse acordo comum, as possíveis arestas seriam aparadas gradualmente, acredita a embaixadora.
Na Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que acontece em São Paulo na próxima semana, deverá haver um encontro informal dos cinco principais países da Alca sobre as negociações. Donna Hrinak preferiu esperar a reunião deste mês para poder avaliar se no caso de não se registrarem avanços, a data de implantação da Alca poderá ser postergada. Ela deixou transparecer sua expectativa no sentido de que haja sucessos durante o encontro da Unctad.