Ministra justifica ampliação do Parque da Tijuca

05/06/2004 - 17h05

Rio, 5/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse hoje que a ampliação do Parque Nacional da Tijuca não é somente para impedir a expansão de favelas, mas para conservação da fauna e flora.

Ela lembrou que não são apenas os ricos e a classe média que têm a preocupação de preservar o meio-ambiente, mas também os pobres. "Eles vão conviver ao lado da área de preservação e vão se dar bem com ela", disse numa referência aos moradores da favela que se situa na Grajaú-Jacarepaguá e que ficará impedida de se expandir para a área do Parque.

A nova demarcação vai impedir novas construções e a continuação da destruição da mata atlântica no local.

Com a ampliação, a área total do parque, administrado pelo Ibama, passou de 3.200 hectares para 3.953, englobando a Serra dos Pretos Forros, Morro da Covanca, a Vila Rica e o Parque Laje.

Marina explicou que a anexação da nova área vai facilitar a formação de um corredor ecológico entre o Parque da Tijuca e o Parque estadual da Pedra Branca, na zona oeste que beneficiará principalmente as aves.

Quanto o número reduzido de fiscais do Ibama que atualmente trabalham no parque da Tijuca, apenas 13, a ministra disse que o ministério abrirá concurso para aumentar o número de fiscais.

A solenidade de assinatura da portaria de ampliação do Parque da Tijuca foi no Corcovado, onde comemorou-se o Dia Mundial do Meio-Ambiente.