Astério quer regionalização dos presídios

02/06/2004 - 23h40

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O secretário de administração penitenciária do Rio de Janeiro, Astério Pereira dos Santos, disse, durante programa Diálogo Brasil, que qualquer reforma penitenciária passa pelo viés da educação, da escola e do trabalho. Disse que, para isso, está sendo implantada no Rio de Janeiro uma escola de gestão penitenciária. Defendeu ainda a regionalização dos presídios.

O secretário de administração penitenciária de São Paulo, Nagashi Furokawa, comemorou alguns resultados de sua gestão. Disse que em 2003 não houve rebelião, citou ainda que foi registrado 0,3% de fugas, número comparado a países europeus. "Também reduzimos o custo de manutenção do preso e estamos conseguindo sensibilizar a comunidade e trazer a sociedade civil para participar", disse.

O diretor do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, Clayton Nunes enumerou algumas das ações do governo na área, como a criação de coordenadoria geral para trabalhar com penas alternativas e apoio ao egresso e aos sistemas penitenciários estaduais. "Estamos caminhando com as 27 unidades da federação para diminuir a distância entre entrada e saída do detento", afirmou.

Nunes disse ainda que o governo trabalha para que até o ano que vem seja concluída uma das cinco penitenciárias de segurança máxima federal em Campo Grande (MS). Outros locais definidos para a construção das próximas são: Catanduva, Roraima e Tocantins.

Para o professor Roberto Aguiar é importante a participação efetiva do terceiro setor. "Preso é ser humano e não estatística", ressaltou. Afirmou ainda que o agente penitenciário deve ser incentivado, punido, quando necessário, mas também deve ser bem preparado para seu trabalho.
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