Fortaleza, 31/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo considera a reforma do Judiciário como gênero de primeira necessidade e ela é irreversível. A afirmação é do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que está em Fortaleza presidindo a XIV Conferência de Ministero da Justiça dos Paises Ibero americanos.
Numa rápida entrevista agora à tarde, o ministro disse que é "uma grande sorte que esta questão seja acelerada num momento em que estão na presidência dos dois tribunais federais mais importantes do país, o ministro Nelson Jobim (no Supremo) e o ministro Edson Vidigal (no Superior Tribunal de Justiça)".
O ministro reconheceu que há resistências "desde as corporativas até aquelas que visam interesses econômicos", mas disse acreditar que "agora o assunto entrou num plano irreversível."
Para o ministro, a reforma do Judiciário, "por si só não resolve a questão, mas dá um avanço, sinaliza e cria um órgão que é fundamental, que é o Conselho Nacional de Justiça. E através do Conselho vai ser possível fazer essa revolução de democratização do poder judiciário", disse Thomaz Bastos.
O ministro afirmou que está empenhado não só nas reformas infraconstitucionais, mas também na reforma extra-legal, que não precisa de modificações na lei e diz respeito a um choque de gestão com "medidas de informatização, de treinamento de pessoal de mobilização, de motivação, a fim de que os percursos e itinerários judiciais diminuam e não se tornem eternos como são hoje no Brasil".