Rio, 31/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - A queda de 19,4% nas vendas reais da indústria fluminense em abril em relação a março, significando um recuo de 7,1% na série ajustada, não afeta a tendência de recuperação da atividade detectada nos demais indicadores.
A afirmação foi feita pela economista Luciana de Sá, chefe da Assessoria de Pesquisas Econômicas da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Na comparação com abril do ano passado, as vendas reais da indústria do estado tiveram incremento de 3,9%. Com isso, o acumulado janeiro/abril marcou expansão de 8,4%.
Segundo a economista, a retração da atividade industrial fluminense em abril foi influenciada não só pelo menor número de dias úteis, mas também pelo setor Químico (-29,98%), que apresentou redução nas exportações. As demais variáveis, entretanto, apontam para a recuperação.
De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, da Firjan, o crescimento da massa salarial pelo terceiro mês consecutivo, da ordem de 2,68% em abril, traduz a recuperação do poder de compra dos salários, ajudada pela retomada do emprego, por alguns reajustes salariais e pelo controle da inflação. A economista informou que o aumento de 5,02% da massa salarial em 12 meses é o segundo mais alto no período, desde abril de 1995.
Em relação ao emprego industrial, o mês de abril registrou expansão de 0,25%, comparado a março, o que representou a admissão de cerca de 900 trabalhadores. Este é o terceiro mês consecutivo de aumento do pessoal ocupado na indústria do Rio.
Para a economista, os números obtidos até agora sinalizam para uma taxa de crescimento da atividade industrial fluminense, neste ano, em torno de 5%. Em 2003, a indústria do estado evoluiu 2,1%.