Brasília, 5/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, fechou um acordo com os líderes partidários para desobstruir a pauta de votação, trancada por sete medidas provisórias. "Foi pactuado entre os líderes que votaríamos as sete MPs e que nós apoiaríamos a constituição da Comissão Mista instalada na manhã de hoje para apreciar a Medida Provisória do salário mínimo, com a manutenção do relator, deputado Rodrigo Maia (PFL/RJ)".
Ainda de acordo com João Paulo, ficou acertado que no dia da votação da MP serão realizadas duas votações nominais de destaques, sendo um do PSDB e outro do PFL. O presidente da Câmara disse que o acordo foi complementado com a retirada da urgência constitucional do projeto de lei que trata das agências reguladoras. "Combinamos que a votação do projeto será feita no final de maio ou no começo de junho".
João Paulo elogiou a compreensão dos líderes. "A Câmara dá uma demonstração gradiosa que seus olhos estão voltados para o Brasil. É uma medida importante para a Casa", disse.
Logo após anunciar o acordo, PFL e PSDB, que estavam obstruindo as votações em plenário, retiraram os requerimentos de adiamento das votações e em seguida aprovaram, em votação simbólica, a Medida Provisória que permite o saque do FGTS por pessoas residentes em áreas de inundações ou calamidade que sofreram perdas.