Pesquisa do MEC avalia mercado de trabalho em São Paulo

05/05/2004 - 18h56

Brasília, 5/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep) do Ministério da Educação recebeu, hoje, os resultados da Pesquisa da Atividade Econômica Regional (Paer) que analisou o mercado de trabalho do estado de São Paulo. O estudo, que também foi realizado em outros estados, teve como principal objetivo verificar a realidade econômica de cada região, oferecendo ao MEC informações para que possa canalizar os recursos de acordo com a demanda local.

"Ela visa caracterizar as regiões mais dinâmicas do Brasil para poder orientar as políticas de implantação de escolas profissionais", disse o diretor do Proep, Aldo Arantes. No estado de São Paulo, o levantamento descobriu, por exemplo, que houve uma queda no processo de desconcentração industrial, no qual a indústria paulista reduziu sua participação na produção nacional, motivada pelo crescimento da "guerra fiscal" entre os estados.

A partir da avaliação de mais de 29 mil unidades de trabalho (bancos, indústrias e comércio), composta por mais de cem empregados, a pesquisa traçou o perfil do mercado em todo país. "É uma pesquisa bastante geral, que mostrou a queda do emprego em São Paulo e o crescimento dessa indústria no Rio Grande do Sul e no Centro-Oeste", disse o diretor.

Aldo Arantes lembra que o documento é importante para o MEC, mas assinalou que a decisão de implantar novas escolas e direcionar os recursos depende, ainda, do projeto de governo que ser quer para determinado local e, também, do número de escolas profissionais que já existe em cada região. "Temos que fazer uma análise da demanda do mercado e outra análise do ministério, relacionada à localização das escolas em função de um projeto nacional de desenvolvimento".

Hoje, o programa possui R$ 89 milhões para serem investidos em escolas técnicas profissionalizantes, nas cidades e na zona rural. Desse total, R$ 24 milhões são destinados à capacitação e gestão de professores e profissionais envolvidos na educação e os outros R$ 65 milhões, na construção, reforma e compra de equipamentos para as escolas.