Mantega lembra que proposta de aumento do governo incide sobre vencimento bruto de servidor

05/05/2004 - 19h15

Brasília, 5/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Planejamento, Guido Mantega, voltou a afirmar hoje que as tabelas de reajuste propostas pelo governo para os servidores prevêem correção sobre o vencimento bruto acima da inflação.

Segundo ele, além dos R$ 500 milhões que o governo acrescentou na última proposta, não existe no orçamento deste ano mais recursos para mudar o acordo. Ele lembrou que a proposta do governo fixou reajustes de até 30%, variando de acordo com a perda salarial de cada categoria, além do aumento do auxílio-alimentação, que não era corrigido há muito tempo.

As informações foram transmitidas aos 11 representantes dos servidores públicos federais - liderados pelo Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) - que se reuniram com Mantega na tarde de hoje. O ministro deu prazo até o dia 21 de maio para os servidores aceitarem a proposta de reajuste apresentada pelo governo no mês passado e advertiu que a categoria que não assinar o acordo ficará sem aumento. Para o ministro, alguns dos participantes da mesa de negociação acenaram com a possibilidade de aceitar a proposta.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes (Andes), José Domingues, disse, no entanto, que a tendência é os servidores aderirem à proposta de greve geral a partir do próximo dia 10. Ele informou que os servidores vão fazer assembléias até lá, para tomar uma posição definitiva.

O ministro convidou os servidores a se informar como ficará o salário com o reajuste proposto. Os valores estarão disponíveis em site do ministério, na Internet. Para Mantega, os funcionários vão aceitar a proposta quando virem os aumentos. Ao mesmo tempo, vão ser enviadas cartas aos servidores com essas informações.

Mantega advertiu que os servidores que faltarem ao trabalho, em caso de greve, vão ter os dias descontados. O ministro disse que cortar o ponto dos faltosos, por qualquer motivo, é uma obrigação de cada ministério, assim como está sendo feito com os policiais federais em greve.