Rio, 17/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia vai realizar, em todo o país, uma série de cursos, destinada a leigos, sobre o mal de Alzheimer, doença que atinge cerca de 500 mil brasileiros. Hoje, no Rio, está sendo realizado um curso dirigido a profissionais da área de saúde, com o intuito de apresentar uma visão mais completa da doença.

Ainda é pequeno no Brasil o número de médicos especializados no diagnóstico precoce da enfermidade. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, o problema está nas faculdades de medicina, que não têm dado prioridade a essa especialidade em seus cursos.

Buksman considera importante que a classe médica brasileira comece a se preocupar com o problema, diante do fato de que, a cada ano, a população brasileira fica mais velha, e o número de geriatras não acompanha esse crescimento do número de casos de Alzheimer.

Há, também, falta de informação da população sobre a doença. Nos cursos que serão dados pela Sociedade de Geriatria e Gerontologia, o objetivo é fazer com que as pessoas sejam capazes de detectar entre os familiares com idade acima de 60 anos indícios de sintomas da enfermidade e procurem rapidamente um médico que fará o diagnóstico preciso, iniciando o tratamento, explicou Buksman.