Brasília, 13/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Dos domicílios investigados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/2002), que serviu de base para a Síntese dos Indicadores Sociais divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de casas ainda é predominante no país, com 87,6% das moradias. Os apartamentos já contam com 11,8% da preferência dos brasileiros e se concentram nas regiões metropolitanas dos grandes centros. Apenas 0,6% das pessoas pesquisadas afirmaram estar vivendo em cômodos.
Com relação ao tipo de material utilizado para cobertura das casas e apartamentos, os moradores disseram escolher a telha e a laje de concreto em 91% dos casos. Um fator que pode ser justificado pela opção de ampliar o domicílio para abrigar familiares.
A alvenaria com tijolos também é a líder com 91% da preferência, mas a pesquisa percebeu ainda que nas regiões Norte e Sul ainda existe forte presença de casas de madeira.
O número de domicílios próprios é a maioria com 73,9%, os alugados 17,2% e os cedidos contabilizam 8,4%. Houve mudanças na região Centro-Oeste, que registrou aumento no número de domicílios próprios de 67% em 2001, para 69,5% para 2002.
Para a faxineira, Joana Duarte da Silva, a casa própria foi uma conquista. Ela conseguiu o lote se cadastrando no governo do Distrito Federal e, logo depois, sua ex-patroa construiu um barraco com placas de madeira. E diz que gostaria de ter uma casa com paredes de alvenaria, mas como está desempregada desde que nasceu seu filho de nove anos, não conseguiu dinheiro para o projeto. "Tudo o que tenho foi minha ex-patroa que me deu: o barraco ela construiu com madeirite e telha colonial, desde 1999, mas depois que o menino mais novo nasceu eu tive que deixar o emprego", explica.