Brasília, 13/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Em pouco mais de 30 dias, o feijão transgênico resistente ao vírus do mosaico dourado desenvolvido pela Embrapa conquistou duas importantes vitórias. No dia 12 de março, o governo autorizou seu plantio experimental dando início á pesquisa de campo. Agora, os pesquisadores Francisco Aragão - da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia - e Josias Farias - da Embrapa Arroz e Feijão - ganharam o prêmio de 2004 da Fundação Péter Murányi, com o projeto "Obtenção de feijoeiro resistente ao vírus do mosaico dourado".
O prêmio Peter Murányi é concedido anualmente pela Fundação a pessoas físicas ou jurídicas, ou entidades particulares e públicas, de qualquer parte do mundo, que mais tenham se destacado na descoberta ou progresso científico que beneficie o desenvolvimento e bem estar da população, especialmente no Brasil. A cerimônia de premiação será no dia 15 de abril, às 19:30 horas, no Espaço Moinho Eventos, em São Paulo.
Este projeto é um importante exemplo dos benefícios da biotecnologia para o desenvolvimento social e à alimentação. A importância do feijão na alimentação transcende as fronteiras brasileiras, sendo a leguminosa mais importante na alimentação de mais de 500 milhões de pessoas na América Latina e África.
Considerada a maior praga da cultura do feijão, o mosaico dourado é transmitido pela mosca-branca e pode causar perdas de até 100% na produção, se atingir a plantação ainda na fase inicial. No Brasil o feijão é uma cultura de extrema importância social, já que é produzido basicamente por pequenos produtores, com cerca de 80% da produção e da área cultivada em propriedades com menos de 100 hectares.