Envergonhado, Waldomiro Diniz se considera refém de uma engenharia criminosa

13/04/2004 - 11h06

Rio, 13/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ex-presidente da Loterj, Waldomiro Diniz, disse hoje, no Rio, que cometeu um pecado ao ajudar o amigo e ex-assessor da Loterj, Armando Dilli. "Ao tentar ajudá-lo, me tornei refém de uma engenharia criminosa, feita por pessoa inescrupulosa", afirmou, com relação à reunião de que participou com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Waldomiro Diniz disse ainda que é hoje uma pessoa envergonhada, com a alma quebrada. "Eu preciso que a Justiça brasileira restabeleça a verdade. Preciso disto para que eu possa voltar a olhar de cabeça erguida para meus amigos, filhos e pais, e para aqueles que depositaram confiança em mim ao longo de 23 anos de carreira como funcionário público".

As declarações foram feitas antes de Waldomiro prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa do Rio que apura irregularidades na loteria estadual e na RioPrevidência. Ao pedir para fazer algumas considerações iniciais, também desculpou-se pelo constrangimento causado aos familiares, amigos e demais pessoas que depositaram confiança nele. Disse também que nunca assistiu à íntegra da gravação de suas conversas com Cachoeira. "Apenas trechos me foram mostrados", afirmou

O depoimento de Waldomiro Diniz começou às 10h15.