Rio, 13/4/2004 (Agência Brasil - ABr) - Quarenta e dois por cento dos industriais brasileiros ouvidos pela Fundação Getúlio Vargas pretendem aumentar os preços no trimestre abril/junho. Apenas 5% prevêem diminuir os preços.
Houve pequena queda na intenção de elevar preços, em comparação com a prévia de janeiro, quando 47% dos empresários demonstraram intenção de elevar os preços, e 7% de reduzir.
O resultado é uma prévia da Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação, divulgada hoje pela FGV (que ouviu 608 industriais entre os dias 25 de março e 12 de abril deste ano).
O setor de bens de consumo apresentou a menor queda na proporção de empresas que querem aumentar preços: havia 53% com essa intenção em janeiro; agora apenas 25%. Com isso, o setor praticamente volta ao nível de outubro, quando 24% previam aumentos.
No setor de bens de capital, cresceu o número de indústrias que projetam aumentos: de 40% em janeiro para 47% em abril. Já no setor de bens intermediários, a FGV constatou estabilidade: 52% em janeiro, contra 51% agora.
Para o Coordenador de Pesquisas da FGV, Aloísio Campelo, os gêneros que estão pressionando os preços para cima incluem papel e celulose, metalurgia e produtos farmacêuticos, que utilizam insumos internacionais em sua fabricação. Entre os que apresentam menor pressão estão têxteis, vestuário e calçados, material de transporte e produtos alimentares.