Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu na noite de hoje o Ano Ibero-americano da Pessoa com Deficiência. Diante de uma platéia integrada por muitos deficientes na Fundação Nacional de Arte (Funarte), o presidente pregou a solidariedade e o fim do preconceito como as melhores maneiras de integrar os deficientes à sociedade. "Não podemos aceitar nunca a deficiência de não compreender os direitos das pessoas que têm deficiência. Não podemos aceitar nunca a deficiência de não entendermos que o nosso país precisa de muita solidariedade", enfatizou.
Lula voltou a pedir, de forma indireta, para que a população tenha paciência com as ações que vem sendo tomadas pelo governo. "As coisas nunca acontecem por acaso e com a rapidez que achamos que deveriam acontecer. Elas acontecem no tempo certo", ressaltou. Lula disse que os avanços no Brasil serão conquistados a medida que o país também retome seu crescimento.
Ao falar diretamente aos deficientes, o presidente da República afirmou que eles não podem ser tratados como cidadãos de segunda classe. "Não podemos aceitar nunca a deficiência de não compreender os direitos das pessoas que têm dificiência", defendeu. Segundo Lula, 14,5% da populaçâo brasileira é formada por deficientes físicos - cerca de 24 milhões de pessoas. As Nações Unidas calculam em 500 milhões de pessosas deficientes em todo o mundo, dos quais 80% estão nos países latino-americanos.
A decisão de criar o ano Interamericano de Pessoas com Deficiência, surgiu no ano passado, durante a Reunião de Cúpula dos Países Ibero-Americanos, realizada na Bolívia. No Brasil, as comemorações pelo ano dos deficientes estão sendo coordenadas pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.