Rio, 24/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Com o slogan "Tuberculose é antiga, mas não é passado, e tem cura", o Fórum Estadual das ONGs no Combate a Tuberculose do Rio de Janeiro promoveu hoje, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, uma série de atividades de esclarecimento sobre a gravidade da doença, que chega a matar dois milhões de pessoas por ano no mundo.
Na Central do Brasil, houve encenações de peças teatrais, exposição de fotos, exibição de vídeos e distribuição de material informativo. Os interessados também podiam consultar-se com profissionais de saúde.
O objetivo das ações foi chamar a atenção para o fato de que o Rio é o estado com o maior número de portadores da doença, apesar do acesso aos medicamentos ser gratuito e a cura possível, desde que haja tratamento adequado. Para este ano, a estimativa é de 19 mil novos casos da doença no estado, muitos deles fatais.
Dados divulgados pelo governo do estado revelam que o Brasil ocupa a décima-quinta posição em casos da doença e vem assistindo ao crescimento da incidência, nos últimos anos. Na região metropolitana do Rio, cerca de 40% dos tratamentos são interrompidos por abandono. O índice nacional é bem menor: 11,7%. Atualmente, o Brasil tem 2 mil casos notificados de tuberculose multi-resistente. Uma das causas de abandono do tratamento, é a dificuldade que representa para a população de baixa renda submeter-se a um tratamento que dura no mínimo seis meses.
Em algumas áreas, não existem recursos humanos e equipamentos suficientes para atender à demanda e chegar ao diagnóstico. Em municípios da Baixada Fluminense como Belford Roxo, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Queimados e Duque de Caxias não há infra-estrutura para o atendimento de pacientes de tuberculose, o que obriga os moradores a buscar tratamento na capital do estado.