Desastre do Exxon Valdez completa 15 anos

24/03/2004 - 18h39

Brasília, 24/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Hoje, quando se completa 15 anos do acidente do navio Exxon Valdez, que despejou 41 milhões de litros de petróleo em uma área de vida selvagem no Alasca (EUA), o Greenpeace lançou manifesto exigindo que a empresa petrolífera ExxonMobil limpe a área atingida.

Maior companhia petrolífera do mundo, a empresa, que comercializa seus produtos sob a marca Esso, utiliza seu poder financeiro e sua influência para fugir de qualquer responsabilidade sobre o desastre. A empresa foi multada em mais de US$ 5 bilhões pelos danos ambientais decorrentes do acidente do Exxon Valdez, porém entrou na justiça com um pedido para recorrer da decisão.

Em 1991, a ExxonMobil foi considerada culpada por infringir diversas leis ambientais e foi multada em mais de US$ 1 bilhão. Essa foi a maior punição da história com o objetivo de minimizar os danos causados por um desastre ambiental corporativo.

No início da década de 90, a ExxonMobil financiou pesquisas que afirmavam que a área atingida estava saudável e se recuperando bem. Entretanto, novas pesquisas científicas, conduzidas por mais de 14 anos, atestam o contrário. O mais recente desses estudos, publicado pela revista científica Science concluiu que a recuperação da área está longe de alcançar um nível ideal. A região continua a apresentar problemas resultantes dos resíduos do petróleo derramado.

Com 500 milhas de costa coberta com petróleo, a mortalidade de animais após o derramamento foi alta. Lontras, aves marinhas e populações de focas foram os que mais sofreram. Ao contrário do que afirmam as pesquisas da ExxonMobil, até hoje a área está contaminada pelo óleo, além de substâncias tóxicas persitentes, resultando em impactos a longo prazo. (Ascom Greenpeace)