Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O pedido do Brasil de não considerar investimentos públicos como despesa será reforçado pelo governo brasileiro na reunião anual do Fundo Monetário Internacional, que ocorrerá em abril próximo, disse hoje, no BNDES, o ministro do Planejamento, Guido Mantega. A questão vai ser discutida com os governadores do Fundo, que são os representantes de vários países.
Ele acredita que já poderá haver uma definição em relação a isso e também à solicitação feita pelo Brasil no sentido de que os empréstimos de organismos multilaterais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Mundial, destinados à infra-estrutura econômica e social não sejam computados para o gasto primário.
O assunto será levado pelo ministro à reunião do BID. Ele afirmou já ter a adesão do Presidente do BID, Enrique Iglesias, porque considera que a idéia diz respeito aos interesses do próprio BID que, como o BIRD, está tendo dificuldades em colocar financiamentos porque os países não estão tomando dinheiro emprestado devido às regras fiscais.
Mantega analisou que o FMI tem sensibilidade para esse tipo de demanda porque percebeu que nos últimos anos os países da América Latina cresceram muito pouco. Então, considerou que para que haja uma retomada do crescimento é preciso aumentar os investimentos. Guido Mantega confia que a decisão do FMI será favorável ao Brasil.