Curitiba, 13/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel David Antônio Pancotti, determinou a abertura de um Conselho de Disciplina que terá a missão de decidir pela permanência ou não na corporação de quatro policiais militares que tiveram a prisão preventiva decretada. Os policiais são acusados de atear fogo a um adolescente que encontra-se internado num hospital de Curitiba.
De acordo com o coronel, o Inquérito Policial Militar (IPM) aberto para apurar as circunstâncias do fato concluiu que há indício de crime de natureza militar e também transgressão disciplinar de natureza grave. Desde o dia do incidente os cinco policiais acusados foram afastados de suas funções e passaram a desempenhar tarefas administrativas ao mesmo tempo em que eram realizadas as investigações.
A Justiça entendeu que, dos cinco acusados, um sargento e três soldados deveriam ser presos preventivamente até a elucidação total do ocorrido. Eles deverão se apresentar nas próximas horas ao comando do 12º Batalhão da PM e ficarão recolhidos no Batalhão de Polícia de Guarda da PM, em Curitiba.
Dados da Seção de Justiça e Disciplina (SJD) da Polícia Militar revelam que, no ano passado, a PM abriu 573 inquéritos para investigar indícios de crime praticados por integrantes da corporação. Também foram feitas, no mesmo período, 202 sindicâncias. Este é um procedimento que serve para apurar se os policiais estão mantendo comportamento adequado ao desempenhar suas funções, de acordo com o que determina o regulamento disciplinar da PM.