Iara Falcão
Enviada especial

Salvador - A aprovação do documento chamado de "Carta de Salvador" marca o fim do Seminário Internacional de Cultura e Desenvolvimento, que reuniu na capital baiana representantes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. O documento expressa o ineditismo do evento que conseguiu reunir não só instituições, mas representantes da sociedade civil ligadas ao universo cultural de sete dos oito países da CPLP (o único ausente foi Timor Leste).

Para o representante no Brasil do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Carlos Lopes, o evento conseguiu dar legitimidade às propostas que surgiram durante o encontro, que partiram de pessoas das mais diversas áreas no setor da cultura – desde representantes de órgãos governamentais e acadêmicos até artistas. "É uma coisa inovadora, porque obriga, quase, numa forma de pressão construtiva, os ministros a tomarem conta este processo. É um processo bonito", define.

Lopes acrescenta que o seminário termina com um Programa de Ação. Para ele, o Observatório e o Fórum Permanente de Cultura, a serem criados para implementar e acompanhar as ações sugeridas durante o seminário, podem ser apresentados em junho, data prevista para o I Fórum Mundial Cultural, em São Paulo.