Iara Falcão
Enviada especial
Salvador - As avaliações dos participantes do Seminário Internacional sobre Cultura e Desenvolvimento dos Países de Língua Portuguesa, realizado em Salvador, foram positivas, no encerramento do evento nesta sexta-feira (12). Dos oito membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o único ausente foi Timor Leste.
"O grande resultado desse seminário foi esse encontro massivo de pensadores e artistas, pessoas que trabalham com a cultura. Isso nunca tinha acontecido. Eram sempre encontros administrativos ou de pessoas ligadas a instituições", afirma Mário Lúcio, cantor, músico e poeta de Cabo Verde.
Esta também foi a visão de Zeferino Martins, secretário-adjunto da CPLP. "Nunca tivemos um encontro na área da cultura com tanta participação, tão diversificada – quase todos os países, menos Timor – mas com uma representação sobretudo da sociedade civil – organizações não Governamentais, professores universitários, investigadores sociais, cientistas. Isso trouxe uma maior valorização para a área da cultura", explica ele.
Do ponto de vista do Brasil, segundo o secretário de Avaliação e Promoção de Políticas Públicas Culturais do Ministério da Cultura, Paulo Miguez, o Seminário reforçou o papel de liderança que o país tem cumprido frente aos membros da CPLP. "Penso que o nosso país tem muito a ganhar, sob todos os aspectos. Ao liderar um processo dessa natureza e ver depositado no trabalho de seus intelectuais uma parte expressiva das solicitações e demandas que foram colocadas, o Brasil reafirma o que a sua política externa tem produzido: a possibilidade de o país ser uma liderança", diz ele.