CPI do caso Loterj-RioPrevidência ouve implicados na próxima semana

13/03/2004 - 9h49

Nielmar de Oliveira e Angélica Gramático
Repórteres da Agência Brasil

Rio - O ex-presidente da RioPrevidência, Ruy Bello, e o ex-diretor do fundo, Mauro Michelsen, além dos representantes das corretoras Turfa, CQJR e Quantia deverão prestar depoimentos, na próxima semana, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possíveis irregularidades na Loterj, na Assembléia Legislativa do estado.

A pedido dos advogados dos depoentes, foram adiados para os próximos dias 16 e 18 quase todos os depoimentos da CPI. A exceção foi o ex-gerente do Banerj, Geraldo Ferraz, que não pediu adiamento e já prestou depoimento à Comissão. Geraldo Ferraz confirmou ter alertado a diretoria da RioPrevidência sobre a realização de uma operação, no dia 27 de junho de 2002, na qual o fundo teria prejuízos financeiros.

O presidente da CPI, deputado Alessandro Calazans (PV), já encaminhou notificações convocando o empresário do Bingo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presidência da República Waldomiro Diniz para depor. Ambos estão envolvidos com o escândalo dos bingos.

O primeiro, empresário goiano ligado ao comércio de loterias, gravou imagens de um encontro com o ex-subchefe da Casa Civil acertando o pagamento de comissão relacionada com contratação de serviços junto à Caixa Econômica Federal. Ele deverá depor no próximo dia 25. Diniz, que aparece na gravação pedindo dinheiro para o financiamento de campanhas de políticos e, até mesmo, para si próprio, deve depor no dia 6 de abril.