Empresários querem negociações flexíveis e ambiciosas para formação da Alca

04/03/2004 - 18h36

Brasília, 4/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - Os empresários brasileiros esperam do governo negociações mais flexíveis e ambiciosas para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). A posição está contida em um documento elaborado pela Coalizão Empresarial Brasileira (CEB) – formada por mais de 180 associações do setor privado – e entregue aos ministros que negociam a formação do bloco econômico.

De acordo com o estudo, a obtenção de ganhos concretos de acesso a mercados para exportação de produtos e serviços somente será possível se os países negociadores mantiverem "um grau importante de ambição". "O que não exclui a possibilidade de contemplar, dentro de certas regras e parâmetros, sensibilidades e interesses defensivos", explicou o documento.

O setor quer que, na próxima reunião do Comitê de Negociações Comerciais da Alca (CNC) - prevista para os dias 16 e 19, em Puebla (México), o governo considere três pontos: maior flexibilização do acesso a mercados de bens, divulgação de listas positivas únicas de ofertas no setor de serviços e maior abertura para investimentos diretos.

"Esse modelo gera condições um acordo", disse a economista e consultora da Coalizão, Sandra Rios. Segundo ela, é possível chegar a um consenso sobre o tema até 2005, prazo estabelecido para o funcionamento do bloco. "Antes da reunião de Miami, em novembro de 2003, a situação era outra. Agora, as expectativas são razoavelmente positivas", disse o coordenador da CEB e presidente do Conselho de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Osvaldo Douat.