Curitiba, 9/1/2004 (Agência Brasil - ABr) - O secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari garantiu ontem que o governo estadual atualizará nas próximas semanas o cadastro nacional de criminosos. De acordo com autoridades gaúchas, a falta de dados teria dificultado a prisão de Adriano Silva, assassino confesso de pelo menos 12 crianças no Rio Grande do Sul.
Entretanto, para o secretário, o erro do Paraná foi a fuga do maníaco, que ocorreu em 2001. Delazari explicou que o Paraná limpou seu banco de dados do Programa de Integração Nacional de Informações de Justiça e Segurança Pública (Infoseg) "em virtude de as informações estarem incompatíveis com o sistema paranaense". A exclusão dos dados ocorreu em maio do ano passado, já sob o governo Roberto Requião.
O Paraná usa outro banco de dados, diferente do Infoseg, que é nacional."O sistema (Infoseg) por si só não é uma ferramenta segura, o sistema está sendo atualizado, modernizado - disse o secretário - mas o Paraná acredita e quer o Infoseg forte para que se torne um mecanismo de referência mais seguro.
O secretário disse que conversou com o ministro da Justiça , que confirmou que o Paraná não está inadimplente com a União e que as verbas para o Estado não estão suspensas conforme veiculou a imprensa. O que existe é um convênio – explicou – e uma das clausulas estabelece a necessidade de todos os Estados de alimentarem os dados do Infoseg. Os recursos referidos nas reportagens, que estariam suspensos já foram depositados. Este ano o Paraná deve receber do Ministério da Justiça um total de 10 milhões de reais.
O Paraná, ressaltou o secretário, está modernizando seu sistema de informações e comunicou ao ministério que precisaria, por questões técnicas, compatibilizar seu sistema com o sistema nacional. Todos os dias estes dados são cruzados e atualizados mas mesmo assim o sistema ainda possui muitas falhas.